segunda-feira, janeiro 31, 2005

entre abraços na sombra das paredes dorme o mar da cidade

a cidade cresceu nas ruas perpendiculares,
nítida
de horas encontradas


dentro de sons
encolhidos na magia da noite


na solidão o homem sonegou as palavras
amontoadas


desceu fantasiando os passos até
chegar ao último degrau da
cidade


de olhar ácido, explorou hesitante
os barulhos do dia


ventos, o restolhar das folhas
gemidos secos, disfarçados


frequentemente, corre sobre si
cansado do canto passado


pérfido na justiça,
remarcado sobre a ausência
dos caminhos de sombra


na cidade, ao fundo
o mar
em projectos quebrados


o homem envelhece duma idade
sem sinais
seduzido pelo mar


sente correr
a suja cidade
resvalando no corpo


a noite toca, violento
despede-se.


l.maltez

3 comentários:

Anónimo disse...

Sinto-me bem neste teu cantinho!
Adoro a tua sensibilidade!

beijinho

Anónimo disse...

Gosto muito de vir aqui...

Gosto bastante de alguns dos teus poemas...

Artur Rebelo...

Anónimo disse...

Best regards from NY! » » »

rosto...

  rosto em silabas as artérias estão vazias dentro de mim. escuto gritos sucessivos e a sede é abandono em dias inúteis. o tempo é...